Em resposta ao secretario de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, que afirmou nesta quinta-feira, 21, que a farmacêutica norte-americana Pfizer estaria se recusando a vender as doses de sua vacina para a Bahia, a empresa disse que teve reunião com o governo do estado em setembro sobre uma possível compra antecipada de doses e a gestão não quis adquirir os imunizantes, conforme matéria do site a tarde.
“Em setembro de 2020, a Pfizer teve reunião com o governo da Bahia para entender o interesse do estado sobre uma possível compra antecipada de doses. Participaram do encontro o governador do Estado da Bahia e o Secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas, entre outras pessoas, e naquele momento, a proposta foi declinada”, afirmou.
Sobre a acusação de Vilas-Boas de que a empresa “usou a boa fé de 1.500 voluntários baianos no desenvolvimento da sua vacina”, a Pfizer respondeu, em nota, que “em nenhum momento a condução desse estudo esteve ou está conectada com aspectos comerciais”.
Por fim, a farmacêutica afirmou que “a companhia tem atuado com os governos federais em todo o mundo para que a vacina seja uma opção na luta contra a pandemia. No Brasil, continuamos em conversas com o governo federal para um possível fornecimento de nossa vacina contra a Covid-19”, completou.
O governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), direcionaram suas críticas ao governo federal pela não aquisição de doses com a Pfizer. “A Pfizer nos procurou e ofereceu 70 milhões de doses e estão registradas as declarações do presidente, dizendo que não iria assinar um pré-contrato. Uma atitude de desprezo com a vida humana”, disse Rui.
“A vida e assim. Quando se demora para tomar decisões, ainda mais na vida pública, as coisas acontecem. A gente poderia ter iniciado a vacinação no Brasil em dezembro, porque a Pfizer foi a primeira vacina a finalizar a fase 3 e estar pronta para uso emergencial”, lamentou Bruno Reis.