CPI dos respiradores: Situação de Rui Costa e Bruno Dauster se complicam. Relatório sai até dia 16 de dezembro

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Um novo capítulo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste se deu hoje com a reunião da bancada de oposição da Bahia e o  presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid instalada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Kelps Lima (SD).
O relatório com os nomes dos indiciados será entregue dia 16 de dezembro. Conforme informações obtidas pelo BNews, o documento conta com informações que irão balançar o ambiente político.  O ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster está na mira.

Em conversa com o BNews, o presidente da CPI, deputado Kelps Lima  disse que a Bahia tem “um capítulo à parte e com destaque nas investigações”.  “O que faz com que a Bahia seja um capítulo a parte e com destaque nas investigações é pelo envolvimento do ex-chefe Dauster, do então presidente do Consórcio Nordeste Rui Costa e de outras pessoas que não faziam parte da gestão mas que cercavam agentes públicos da Bahia e do governo da Bahia”, disse, nesta quinta (23), após a reunião.

Questionado sobre a postura de Bruno Dauster, que se calou ao depor na CPI, Kelps disse que ele “não colaborou com os fatos que pesam sobre ele acusações pesadas, seria de fundamental importância que as investigações se aprofundassem, em especial no âmbito da Assembleia Legislativa da Bahia”.

 

Da base do governo Rui Costa, o deputado estadual Alex Lima (PSB) usou as redes sociais para criticar a comitiva de parlamentares que viajaram ao Rio Grande do Norte para reunião com o presidente da CPI da Covid.  O parlamentar classificou como um “espetáculo de quem está contaminado pelo negacionismo bolsonarista”. 

“Desde o início da pandemia o Consórcio do Nordeste, sob liderança do governador Rui Costa, lutou para salvar vidas. Os deputados da oposição que estão participando deste espetáculo estão contaminados pelo negacionismo bolsonarista. No momento o mais importante é divulgar a verdade sobre o quanto Bolsonaro brincou com a pandemia, negou a ciência, a vacina e debochou das vítimas e do isolamento necessário para conter o vírus”, disse o deputado. 

O Consórcio Nordeste sofreu um prejuízo de R$ 48 milhões em razão da fraude na compra de 300 ventiladores mecânicos para tratamento de pacientes com Covid-19. O negócio jurídico foi alvo da Operação Ragnarok, deflagrada pela Polícia Civil em junho de 2020, que levou ao cumprimento de três mandados de prisão, além de outros 15 de busca e apreensão na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Na época, o ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster deixou o cargo.

Conforme as investigações, o Consórcio Nordeste, formado pelos nove estados da região, firmou contrato de compra e venda com a empresa Hemp Care, que ficaria responsável pelo fornecimento de 300 respiradores mecânicos, mas não foram entregues e os estados não tiveram o valor restituído. A Bahia adquiriu 60 equipamentos e teve um prejuízo de R$ 9,6 milhões.

Participaram da reunião os deputados Sandro Régis (DEM), líder do bloco da oposição na AL-BA, Soldado Prisco (PSC), Tiago Correia (PSDB) e Robinho (PP). Na reunião, os parlamentares baianos se colocaram à disposição para colaborar com os trabalhos da comissão. A CPI investiga se a compra dos respiradores foi um esquema de corrupção para desviar recursos públicos.

fonte: matéria do site BNews

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