Em entrevista concedida à revista direitista Veja, neste sábado (03), o ex-presidente do Grupo Nissan-Renault, Carlos Ghosn, afirmou que as duas empresas podem deixar o país em breve, seguindo o mesmo caminho da multinacional estadunidense Ford.
As declarações do ex-executivo do grupo não parecem estar longe da realidade, uma vez que nesta semana as fábricas das empresas paralisaram a produção. Na quarta (24/03) a Nissan anunciou que interromperia a produção na fábrica localizada em Resende (RJ) e daria férias coletivas a seus funcionários a partir do dia 26 de março. Já a Renault anunciou na quinta (25/03) que interromperia a produção a partir da segunda (29), informando que manteria atividades presenciais somente para serviços essenciais e colocaria os setores administrativos em regime de “home office”.
As duas empresas anunciaram a decisão praticamente juntas, com 1 (um) dia de diferença somente, e justificaram as medidas em função do avanço da pandemia da COVID-19 e, em acordo com os sindicatos dos trabalhadores, estariam promovendo a parada das atividades e promovendo o isolamento social para os trabalhadores.