Petrobrás encerra 2021 com mais de R$ 6 bilhões em recursos recuperados por meio de acordos de leniência e delações premiadas

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Após a Petrobras celebrar, no dia 16 de novembro, a redução expressiva do valor com juros e encargos de sua dívida financeira, e ver sua dívida bruta de mais de 160 bilhões de dólares despencar para 59,6 bilhões, a estatal informou ontem (28/12), em fato relevante ao mercado, que encerrou o ano de 2021 com cerca de R$ 6,17 bilhões acumulados em recursos recuperados por meio de acordos de leniência, repatriações e delações premiadas.

A devolução mais recente se refere ao acordo de colaboração premiada celebrado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF/RJ) com executivos da Carioca Engenharia. A companhia esclareceu que os ressarcimentos decorrem da condição de vítima da Petrobras nos crimes investigados no âmbito da Operação Lava Jato.

Em nota, a empresa reafirmou seu compromisso de “adotar as medidas cabíveis, em busca do adequado ressarcimento dos prejuízos decorrentes que lhe foram causados”. A Petrobras atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 31 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 85 ações penais relacionadas a atos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato.

A dívida que parecia impagável da Petrobras: em 2014 as despesas alcançaram valores da ordem de US$ 1,7 bilhão por trimestre; redução expressiva é uma demonstração do processo de reequilíbrio financeiro atingido pela gigante do petróleo brasileiro .

A Petrobras informou ao mercado, em fato relevante, no dia 16/11, que está reduzindo expressivamente o valor com juros e encargos de sua dívida financeira. As despesas com estes financiamentos caíram para US$ 669 milhões no 3º trimestre de 2021, número cerca de 31,1% inferior aos US$ 971 milhões gastos no 3º trimestre de 2020. Ao se comparar os nove primeiros meses de 2021 com o mesmo período do ano passado, a redução obtida também foi significativa: queda de aproximadamente US$ 2,8 bilhões para cerca US$ 2,3 bilhões, uma redução de 17,9%.
“A redução do gasto com serviço da dívida é mais uma demonstração do processo de reequilíbrio financeiro atingido pela Petrobras. Tratam-se de juros e encargos referentes aos empréstimos que a companhia contraiu, valores que eram revertidos para credores. Agora, parte desses recursos estão disponíveis para alocação em projetos rentáveis e que geram valor para a companhia ou para serem distribuídos aos acionistas, sendo a sociedade brasileira a maior beneficiada, com cerca de 37% dos valores retornados, que se somam aos quase R$ 180 bilhões em tributos que esperamos pagar em 2021”, destaca Rodrigo Araujo, diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.

A diminuição das despesas com juros e encargos é mais um reflexo da queda expressiva do montante total da dívida da Petrobras. Em 2014, essas despesas alcançaram valores da ordem de US$ 1,7 bilhão por trimestre somente em custos de financiamento e o montante total de sua dívida chegou a mais de US$ 130 bilhões, ou mais de US$ 160 bilhões ao se levar em conta também os afretamentos de plataformas de petróleo e outros ativos que passaram a ser considerados como dívida a partir de 2019 com a adoção do IFRS 16 (Arrendamentos).

Para muitos, essa dívida parecia impagável. A Petrobras, no entanto, estipulou como meta a redução de sua dívida bruta total (financiamentos e arrendamentos) para US$ 60 bilhões, montante considerado saudável para uma empresa como a Petrobras, para final de 2022. Recentemente, nos resultados do 3º trimestre de 2021, a Petrobras informou que diminuiu sua dívida bruta para o valor de US$ 59,6 bilhões, atingindo, portanto, a meta estipulada com mais de um ano de antecedência.

matéria retirada do site clickpetroleoegas

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