Defesa taiwanesa lançou relatório detalhado (13) descrevendo como a China poderia atacar Taiwan e ressaltando os pontos fortes e fracos da possível investida chinesa. Na visão do governo da ilha, Pequim planeja atacar Taipei até 2025
Segundo relatório divulgado pelo Ministério da Defesa de Taiwan e citado pelo The South China Morning Postnesta segunda-feira (13), a China pode realizar um ataque surpresa em Taiwan, transformando seus exercícios conjuntos perto da ilha autônoma em operações de combate em grande escala.
De acordo com o documento, tal medida estaria de acordo com a meta de Pequim de invadir Taiwan até 2025.
Popular (ELP) da China provavelmente adotaria uma abordagem multifacetada, a qual incluiria operações de desembarque e ataques conjunto, sendo o objetivo final tomar a ilha com perdas mínimas.
Usando o pretexto de organizar jogos de guerra envolvendo sua Força Aérea, Marinha e Exército nas costas leste e sul da China continental perto da ilha, o ELP pode aumentar sua intimidação do público taiwanês.
“[…] Então, serão enviados vários tipos de seus navios de guerra para o oceano Pacífico como um meio de repelir quaisquer forças estrangeiras que venham em auxílio de Taiwan e para impor um cerco estratégico para desencorajar as forças estrangeiras de virem ajudar”, diz o texto do documento.
Ainda de acordo com o ministério da Defesa taiwanês, a China transformaria seus exercícios em operações de combate reais, que incluiriam o lançamento de mísseis balísticos e de cruzeiro contra várias posições de defesa aérea, estações de radar e centros de comando taiwaneses.
Para concluir a investida, após estabelecer a supremacia marítima e aérea, o ELP despacharia navios anfíbios, aviões de transporte e helicópteros para as tropas atacarem bases militares importantes da ilha.
O vice-ministro da Defesa de Taiwan, Wang Hsin-lung, disse que o ministério dedicou anos pesquisando possíveis abordagens de invasão do ELP.
“Temos controle total sobre a força e a fraqueza de suas abordagens”, disse o ministro antes da sessão legislativa desta segunda-feira (13).
Pontos fracos da investida chinesa
Olhando os possíveis ataques chineses por todos os ângulos, o Ministério da Defesa taiwanês também considerou quais seriam os pontos fracos do ELP.
Segundo o relatório, o Exército chinês não seria capaz de desembarcar todas as suas forças de uma vez e teria que contar com navios não padronizados que precisariam usar instalações portuárias e aviões de transporte para decolar de aeroportos.
Ao mesmo tempo, com as forças da ilha fortalecendo a defesa de portos e aeroportos, o ELP provavelmente teria dificuldade para ocupar essas instalações em um curto espaço de tempo, tornando suas operações de desembarque altamente arriscadas.
Os militares da ilha também poderiam usar sua vantagem geográfica no estreito de Taiwan para interceptar as operações chinesas e cortar seus suprimentos.
Além dos pontos citados, existe o fato de os EUA e do Japão terem bases militares perto de Taipei, e qualquer ação do ELP seria monitorada de perto, segundo o relatório, fazendo com que o Exército chinês talvez tivesse que lidar com uma possível intervenção de forças estrangeiras.
O relatório pediu aos legisladores taiwaneses que apoiassem o orçamento especial do ministério para adquirir uma variedade de armas a fim de fortalecer suas missões de “defesa aérea, contra-ataque, controle aéreo e controle marítimo”.
O gabinete da ilha aprovou no mês passado um orçamento adicional de defesa de US$ 8,54 bilhões (R$ 48,5 bilhões) para melhorar as capacidades aéreas e navais, incluindo mísseis antinavio e sistemas antiaéreos baseados em terra e projetos de drones de ataque.
fonte: site poder naval